Amontoar-se-ão aqui e além, em estado letárgico,
Na aridez estival da lezíria, os mais afortunados;
Os outros, os que destacaram a sua voz à do chefe,
Serão picados na garganta, pelas melgas e mosquitos
Dos charcos da campina e,
A preencher as suas noites de insónia,
Ficarão a ouvir o coaxar das rãs, sempre, sempre, sempre;
Mas os sobreviventes às sezões,
Os resistentes à sede, aos ruídos e aos febrões,
Começarão a ressurgir
Ao raiar de uma nova alternância sazonal.
Já não se falará Freeport, H1N1 ou asfixia democrática,
A língua oficial será o Português.
(arrais)
Sem comentários:
Enviar um comentário