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sábado, 28 de novembro de 2009

PELA BOCA MORRE O PEIXE


Vá a rubálos a outra banda! Eu não quero desse peixe.

E também não o quero ver a pescar por aqui, tem de ir com a sua vara, ou com essa cana para outras águas mais claras, menos poluídas, longe do poder das fossas.

  E depois não se atreva a comer desse peixe, pode morrer aqui perto, seu nauseabundo!, pela boca se morre e não é só o peixe.

Oferecê-lo, nem a um amigo a não ser que esse seja um Vale , Valentim , Isaltino, Felgueiras, Mardock, não, a este não que já está do outro lado, atrás das grades, mas, tantos outros ainda por cá, o que foi ministro da administração interna, o que foi ministro da economia, o que foi ministro das obras públicas, o que foi presidente do conselho de administração dum grande banco, hoje, provisoriamente, nacionalizado. Qualquer um destes precisaria dum dos seus robalos.

Deixemos de mistérios, ofereça os robalos ao ministério, o público, e corta, se o mal de raiz.
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