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sexta-feira, 6 de novembro de 2009

ENTRE A ESPADA E A PAREDE


Portugal e os Portugueses, assim estão.





E assim continuarão a estar, se não forem capazes de reunir as suas forças anímicas, a sua inteligência, a sua imaginação, os seus recursos naturais, para se libertarem das amarras da conjuntura económico-social, própria e estrangeira. É a crise.

Na sua história, de séculos, os Portugueses já viveram outros períodos difíceis em que a sua ambição, coragem, confiança, capacidade de iniciativa e de trabalho impôs Portugal ao mundo. Havia um projecto nacional, havia timoneiro.

Entre a espada e a parede, entre fronteiras terrestre e o oceano, Portugal apostou e ganhou. Por isso, hoje orgulha-se de ter dado “novos mundos ao mundo”.

Houve eleições legislativas em 2009.09.27, a que concorreram vários partidos, sendo o o mais votado o Partido Socialista. O Governo daí decorrente foi empossado e, hoje, 2009.11.06, o seu programa foi aprovado pela Assembleia da República.

Sócrates, que não foi o que disse “amicus Plato sed magis amica veritas”, esse era o outro, Sócrates é o timoneiro desse governo. Nem este Sócrates  está, ou vai estar, entre a espada e a parede. Com a coragem do outro e a determinação dele, sua, propõe-se, tão só, retirar Portugal desse dilema, dessa desconfortável e perigosa situação.

Os partidos da oposição, a quem o povo confiou mais votos que nas legislativas anteriores, pavoneiam-se, inflamam a garganta, propalam aos quatro ventos que derrotaram o partido do governo. Em que consistirá a sua alardeada vitória?!

Não mais que por obscuros e perversos interesses, pessoais ou de capelinha partidária, aqueles que, não tendo ganho as eleições, insistem, teimosamente, em questionar a aplicação do projecto político apresentado pelo partido que, legitima e democraticamente, obteve uma maioria de votos?! Por isso pode e quer governar.

Os partidos da oposição, neste momento, estão a assumir-se como um bando esfaimado de abutres que, na iminência duma calamidade para a qual parece contribuírem, esvoaçam sobre as suas presas, na ânsia de saciarem a sua voraz fome de poder.

E as vítimas são os Portugueses e Portugal.

(arrais)

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