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terça-feira, 2 de outubro de 2012

HISTÓRIA DE NATAL

Após o Natal de 2011, o presépio continuou montado junto à lareira da avó de Leiria.

Para a pequenita, de 3 anos e uns meses, quando ia a casa dos avós, era uma delícia brincar com aquelas figurinhas de que havia ouvido falar na sua Escolinha, o infantário da Senhora da Atalaia.

Aquelas imagens enchiam-lhe o coração e cabiam-lhe muito bem na palma das mãos.

 As ovelhas e os pastores, o burro e a vaca, S. José, Nossa senhora e o Menino Jesus, não se cansavam de mudar de posição no seu presépio, alterando os seus papéis – S. José fazia de burro, Nossa Senhora de pastora e os cordeirinhos (alternadamente) faziam de Menino Jesus.

Chegara o momento de arrumar aquelas figuras para o próximo Natal. (Em tempos de crise, como a atual, mesmo nas figuras bíblicas é preciso poupar).

Faltava a bengala de S. José.

Havia sido retirada das suas santas mãos.

Presumindo a autoria de tal atentado, mas admitindo alguma dúvida, a avó da Alice confrontou-a solenemente com o drama de tal situação e questionou-a se ela sabia onde estava a bengala do S. José. Sem hesitação disse não saber. E a avó insistiu compungentemente: Foste tu quem tirou a bengala do S. José?! - Não. - Mas sabes onde ela está?! - Não sei, disse a pequenita.

Desesperada, a avó usou o comovente e derradeiro argumento de que dispunha:  Então, e agora aonde é que o S. José se agarra?! - Agarre-se à saia de Maria, respondeu a neta.

Dias mais tarde, veio a saber-se que, milagrosamente, a bengala apareceu lá para os lados da Aldeia Galega, em Alcochete, na casa da Alice.

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