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sábado, 9 de julho de 2011

DINOSSAUROS

Nos nossos habituais passeios culturais fomos , na peugada das pegadas dos dinossauros, dos  que por lá andaram há 200 milhões de anos, até à Serra d,Aire,  aquela mesma  onde, em Maio de 1917, apareceu a três pastorinhos  uma senhora vestida de branco.

Chegamos à hora do almoço e a cancela do parque dos dinossauros estava encerrada. A bilheteira só mais tarde abriria, soubemos.

Tendo nós já almoçado, com camionistas e outros operários das pedreiras, ali à volta,  num restaurante à beira da estrada,  para acelerarmos a digestão e que  a viagem até ali se não tornasse em vão, decidimos caminhar serra acima até às eólicas, sem cancelas nem bilheteira,  imbuídos ainda na esperança de encontrarmos rastos de dinossauros,  no pressuposto de que também por ali tenham passado.

Atravessámos a  aldeia,  uma salada urbana de casas novas, bem cuidadas, construídas com o financiamento dos dinheiros  da PAC e outras, poucas, velhas, semi-abandonadas, mas ainda decoradas  com as eiras onde se malharam os cereais, sustento dos autótones da época.

Logo começamos a ver em  paredes à beira da rua e nos postes de eletricidade e de telefone uma sinalética constituída por traços vermelhos e amarelos, um por outro em ângulo de noventa graus, ora paralelos ora em cruz, que mais parecia um xis de incógnita, e que nos ia conduzindo  até  ao cimo da serra.

 Surpresa das surpresas, deparámo-nos  com  um dinossauro do jurássico,  em corpo inteiro, sem alma, como a foto  bem  documenta.

De rastos, com o calor,  com o peso do estômago mais que da idade,  naquela subida íngreme e sinuosa, encontrámos apenas o rasto de coelhos, umas caganitas,  aqui e ali, mas que, pelos indícios, certos e seguros, terão menos de 200 milhões de anos.

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